Feminilidade,

Torne-se uma mulher de Discernimento. PARTE 1. por Nancy Demoss Wolgemuth

agosto 09, 2017 Mulher da Palavra 0 Comments


            Se alguém lhe pedisse para fazer uma lista com as causas para a destruição da família, o que você sugeriria? A cultura? A mídia? Diversão? Educação secular? Leis e política anti-família? Pobreza? Pais abusivos ou ausentes?
            Você incluiria na sua lista as mulheres tolas?
           Quanto mais eu estudo os caminhos de Deus, mais eu reflito na incrível influência que nós, como mulheres, temos em nossos lares – para melhor ou para pior, para o bem ou para o mal. As Escrituras colocam desta maneira: “Toda mulher sábia edifica a sua casa; mas a tola a derruba com as próprias mãos.” (Provérbios 14.1) Há dois tipos de mulheres neste mundo – as sábias e as tolas. Em vários momentos, você e eu somos ou tolas ou sábias. Quer percebamos ou não, ou estamos construindo nossa “casa”, ou a estamos derrubando.
            Toda mulher tem uma “casa”, uma esfera imediata de influência. Se você é casada, se tem filhos, sua família é seu círculo de influência mais importante. Mulheres solteiras têm uma “casa”; esta engloba todas as vidas que elas tocam dentro de sua família estendida, sua igreja, local de trabalho e comunidade. Uma mulher sábia está ativa e diariamente envolvida na construção de sua casa, mas a mulher tola destrói sua casa com as próprias mãos.
            John Adams, o segundo presidente dos Estados Unidos, reconheceu a incrível influência das mulheres, não apenas em suas próprias casas, mas sobre todo o caráter de uma nação:

         De tudo que eu já li sobre história, governo, vida humana e costumes, eu cheguei a uma conclusão: que os costumes das mulheres eram o barômetro mais infalível para averiguar o nível de moralidade e virtude de uma nação. Os judeus, os gregos, os romanos, os suíços, os holandeses, todos perderam seu espírito público e suas formas republicanas de governo quando eles perderam as virtudes domésticas e o recato de suas mulheres.
             
        A influência destrutiva das mulheres tolas fica logo evidente no mundo secular. Nos últimos anos, temos visto o poder das mulheres tolas de derrubar e destruir a sensibilidade moral e a fibra de toda uma nação. Nós podemos todos pensar em mulheres de alto rendimento, profissionais do entretenimento, da política, esposas de figuras públicas cujas filosofias e estilos de vida têm exercido uma influência negativa enorme sobre toda nossa cultura.
            Entretanto, o que deve nos perturbar ainda mais é o quanto a tolice entre as mulheres tem permeado a igreja evangélica. Nós temos seguido o mundo ao redefinir o que significa ser uma mulher, bem como o que significa ser um homem. Nós temos borrado, se não apagado de vez, as distinções entre o caráter feminino e o masculino, seu comportamento e seus papéis. Perdemos nosso ancoradouro, nosso senso do que é puro e bom, verdadeiro e certo. Temos pouca compreensão do significado ou importância de tais palavras fora de moda como íntegro(a), modesto(a), discreto(a) e casto(a).
            Há vários anos atrás, eu soube de uma situação na qual um líder cristão havia se comportado de modo inadequado com uma mulher de sua equipe. Quando sua esposa confrontou-o, falando de suas preocupações, ele disse: “Ah, para com isso! Estamos nos anos noventa!” Agora que entramos no século 21, há uma confusão ainda maior acerca de tais questões. Nós desculpamos, toleramos e justificamos comportamentos que seriam impensáveis há uma geração atrás.
            No coração de nossa condição atual, está uma clara falta de ensino e pensamento bíblico a respeito de nosso chamado e do nosso papel como mulheres. Somente retornando às Escrituras e colocando nossas vidas sob sua autoridade podemos nos tornar mulheres sábias que constroem seus lares ao invés de destruí-los. O que está em jogo não é apenas nosso bem estar espiritual, mas o de nossas famílias, igrejas e comunidades e até mesmo o bem estar das próximas gerações.
            Aquelas de nós que são “mulheres mais velhas” têm a responsabilidade de treinar a próxima geração de mulheres nos caminhos de Deus – ensiná-las as características das mulheres sábias e das tolas, avisá-las dos perigos e consequências de serem tolas e instilar nelas a visão e o compromisso de serem mulheres sábias. Precisamos também ensinar nossos filhos e homens jovens as diferenças entre mulheres tolas e sábias – que qualidades admirar e que qualidades evitar nelas.
            Provérbios 7 é um retrato colorido de uma mulher tola. O contexto imediato é daquele pai ensinando seu filho a reconhecer e se proteger da armadilha de uma mulher tola. Entretanto, esta passagem inclui muitas ideias que devem ser uma parte indispensável do “currículo” que nós, como mulheres, devemos dominar e passar para próxima geração de mulheres.
            O primeiro parágrafo do capítulo nos apresenta o tema. O jovem é convidado a abraçar a sabedoria para que fique protegido de um tipo específico de mulher que deseja aprisioná-lo.

Filho meu, guarda as minhas palavras, e esconde dentro de ti os meus mandamentos. Guarda os meus mandamentos e vive; e a minha lei, como a menina dos teus olhos. Ata-os aos teus dedos, escreve-os na tábua do teu coração. Dize à sabedoria: Tu és minha irmã; e à prudência chama de tua parenta, para que elas te guardem da mulher alheia, da estranha que lisonjeia com as suas palavras. (Provérbios 7:1-5)
           
O escritor nos avisa para não sermos presos à uma mulher “alheia”. Esta palavra é traduzida como “imoral” (Nova Versão Internacional), “Adúltera” (Almeida Revisada Imprensa Bíblica) e “de palavras sedutoras” (Nova Tradução da Linguagem de Hoje). A palavra literalmente significa “extraviar-se”.
            Cantares de Salomão descreve dois tipo de mulher. Uma é como um “muro” a outra é como uma “porta” (8.9). A mulher que é descrita como um muro edificou sua vida sobre convicções. Consequentemente, ela é firme e inflexível diante de todos os tipos de avanços inadequados por parte dos homens. Ela estabeleceu sua vida sobre a verdade da Palavra de Deus. O outro tipo de mulher é como uma porta que pode ser aberta facilmente. Porque ela não está edificada sobre as convicções bíblicas, ela é vulnerável à tentação e pode, ela mesma, tornar-se uma tentadora. A mulher em Provérbios 7 é uma porta. Ela é “imoral”, ela extraviou-se de uma vida pura e íntegra. Ela é uma mulher tola.
            Talvez você pense “Eu não sou uma mulher imoral. Provérbios 7 não tem a ver comigo.” Eu fui encorajada a desenvolver esta mensagem pela primeira vez para uma conferência de mulheres que estavam em tempo integral no ministério. Minha resposta inicial foi “Como é que esta passagem pode estar relacionada com estas mulheres?”
            Mas conforme eu meditava nela, passei a acreditar que ela é relevante para cada mulher cristã. Primeiro, até mesmo nas igrejas e ministérios mais respeitados há as sedutoras – mulheres com corações adúlteros e intenção imoral. Qualquer tipo de perversão que pode ser encontrada no mundo pode também ser achada na igreja hoje. Quando eu acho que já ouvi de tudo, fico sabendo de uma situação onde um lar cristão naufragou nas ondas da imoralidade. Com muita frequência, há uma mulher imoral, uma mulher tola, envolvida na tragédia.
            Em segundo lugar, em praticamente todo grupo de mulheres cristãs há aquelas que não percebem que são tolas. Elas são ignorantes a respeito das diferenças entre uma mulher tola e uma sábia. Elas não entendem o básico a respeito de pureza pessoal, moral e relacional. Elas precisam ser treinadas nos caminhos de Deus e discipuladas para tornarem-se mulheres sábias.
            Terceiro, esta passagem tem relevância até mesmo para mulheres que tem um coração sábio de verdade e de quem não podemos dizer que sejam “imorais”. Infelizmente, a grande maioria das mulheres evangélicas tem sido sutilmente influenciada pelo mundo de um modo que elas nem percebem. O modo de pensar do mundo já se infiltrou e permeou nos estilos de vida de “membros de igreja comprometidos”. Embora não sejamos fisicamente adúlteros ou promíscuos, a maioria de nós tem adotado, sem perceber, algumas das características que, no fim das contas, podem levar à ruína e queda dos homens ao nosso redor.

            Esse texto continua na próxima semana. Aguarde!

Nancy Demoss Wolgemuth


Fonte: Revive our hearts. Website: reviveourhearts.com. 
Traduzido com permissão. 
Título original:  Becoming Woman Discretion


Tradução: Viviane Andrade




            
Nancy Leigh DeMoss é apresentadora de dois programas de rádio nos Estados Unidos: Revive Our Hearts [Aviva nossos corações] e Seeking Him [Buscando a Deus]. Seus livros já venderam mais de um milhão de cópias. Tem trabalhado desde 1980 na organização cristã Life Action Ministries. Também é organizadora do livro Mulher Cristã: repensando o papel da mulher à luz da Bíblia, publicado por Vida Nova. 

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